Sigmund Shilomo Freud nasceu em 6 de maio de 1856, em Freiberg, Moravi(atualmentePribor,Checoslovaquia), filho de Jacob Freud e sua terceira esposa, Amália (vinte anos maisjovem que o marido). Sigi, como era chamado por seus parentes, teve sete irmãos mais jovens.
A constelação familiar era incomum, pois, dois meio-irmãos de Freud, Emmanuel e Philipp, tinham praticamente a mesma idade de sua mãe. Freud era ligeiramente mais novo que seu sobrinho John, filho de Emmanuel. Esta situação peculiar pode ter estimulado o interesse de Freud em dinâmica familiar, levando-o às suas posteriores formulações sobre o Complexo de Édipo.
O pai de Freud, um comerciante judeu de posses modestas, levou a família para Leipzig, Alemanha (1859), seguindo para Viena (1860), onde Freud viveu até 1938.
Aos 8 anos de idade, Freud lia Shakespeare e, na adolescência, ouviu uma conferência, cujo tema era o ensaio de Goethe sobre a natureza, ficando profundamente impressionado. Abreviou seu nome para Sigmund Freud em 1877.
Pretendia estudar Direito, mas decidiu seguir Medicina, interessado na área de pesquisas. Ingressou na Universidade de Viena em 1873. Como aluno, Freud iniciou um trabalho de pesquisa sobre o sistema nervoso central, orientado por Ernst Von Brucke (1876), e formou-se médico em 1881. Trabalhou na Clínica Psiquiátrica de Theodor Meynert (1882-83), estudando posteriormente com Charcot (Salpetrière), em Paris (1885).
De 1884 a 1887, Freud publicou vários artigos sobre cocaína. Casou-se com Martha Bernays em 1886. O casal teve seis filhos (Mathilde, 1887); Jean-Martin, 1889; Olivier, 1891; Ernst, 1892; Sophie, 1893; Anna, 1895). Freud iniciou seu trabalho clínico, em consultório próprio, especializando-se em doenças nervosas.
23 de Outubro de 1896:
· Morre o pai de Freud
Isso fez com que Freud se voltasse para si mesmoe empurrou seu pensamento em outra direção. Mais tarde, ele diria que sua reação diante da morte do pai mostrava que esta era a perda mais significativa, mais decisiva, na vida de um homem. Muitos afirmam que esta ênfase no masculino e na figura do pai marca toda a abordagem de Freud.
Freud se sentiu completamente desorientado, ou até mesmo culpado. Estava passando por aquilo que mais tarde chamaria de “retorno do recalcado”. Os sentimentos recalcados que tinha pelo pai, sentimentos como rivalidade, ciúme, ambição e ressentimento, voltaram sob a forma de remorso, vergonha, impotência e inibição. A sua mente estava tomada por sentimentos de um período anterior e ele lutava contra os fantasmas do passado. A sua auto-análise consistia em encarar calmamente esses fantasmas e avaliar como o afetavam.
A auto-análise se voltou para as memórias da infância.
Durante este período de crise e de auto-análise, Freud começa a escrever
“A Interpretação dos Sonhos".
“A Interpretação dos Sonhos".
Freud disse: O sonho é a estrada real do psiquismo”. Freud já estava trabalhando na análise dos sonhos e começou a perceber, com uma freqüência cada vez maior, que o desejo inconsciente que se manifestava no sonho vinha das memórias da infância. A partir desta análise, chegou à conclusão que o inconsciente do adulto era formado pela criança que se esconde dentro de cada um.
· O amor pela mãe
· A rivalidade com o pai
· O medo de castração
A solução destes sentimentos na entrada da vida adulta e seus efeitos permanentes nos sonhos e no inconsciente: Freud descobriu todas estas coisas durante a auto-análise intensiva que conduziu de 1896 a 1899. Neste processo, ele empregou a técnica da Associação Livre, que se tornaria a marca registrada da psicanálise. Freud abandonou a hipnose depois da auto-análise e os sonhos passaram a ser seu principal material de trabalho.
Sabendo que seus pacientes sempre apresentavam uma forte resistência, não ficou surpreso ao perceber que sofria o mesmo problema e às vezes seu progresso era lento e difícil.
Foi na última fase desta marcante auto-análise que começou a escrever A Interpretação dos Sonhos. É como se um novo Freud, uma nova teoria e uma nova ciência, a psicanálise, tivessem nascido desta luta por auto-compreensão.
Foi na última fase desta marcante auto-análise que começou a escrever A Interpretação dos Sonhos. É como se um novo Freud, uma nova teoria e uma nova ciência, a psicanálise, tivessem nascido desta luta por auto-compreensão.
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