quarta-feira, fevereiro 16, 2011

FREUD - BIBLIOGRAFIA

Sigmund Shilomo Freud nasceu em 6 de maio de 1856, em Freiberg, Moravi(atualmentePribor,Checoslovaquia), filho de Jacob Freud e sua terceira esposa, Amália (vinte anos maisjovem que o marido). Sigi, como era chamado por seus parentes, teve sete irmãos mais jovens.
      A constelação familiar era incomum, pois, dois meio-irmãos de Freud, Emmanuel e Philipp, tinham praticamente a mesma idade de sua mãe. Freud era ligeiramente mais novo que seu sobrinho John, filho de Emmanuel. Esta situação peculiar pode ter estimulado o interesse de Freud em dinâmica familiar, levando-o às suas posteriores formulações sobre o Complexo de Édipo.
      O pai de Freud, um comerciante judeu de posses modestas, levou a família para Leipzig, Alemanha (1859), seguindo para Viena (1860), onde Freud viveu até 1938.
      Aos 8 anos de idade, Freud lia Shakespeare e, na adolescência, ouviu uma conferência, cujo tema era o ensaio de Goethe sobre a natureza, ficando profundamente impressionado. Abreviou seu nome para Sigmund Freud em 1877.
     Pretendia estudar Direito, mas decidiu seguir Medicina, interessado na área de pesquisas. Ingressou na Universidade de Viena em 1873. Como aluno, Freud iniciou um trabalho de pesquisa sobre o sistema nervoso central, orientado por Ernst Von Brucke (1876), e formou-se médico em 1881. Trabalhou na Clínica Psiquiátrica de Theodor Meynert (1882-83), estudando posteriormente com Charcot (Salpetrière), em Paris (1885).
     De 1884 a 1887, Freud publicou vários artigos sobre cocaína. Casou-se com Martha Bernays em 1886. O casal teve seis filhos (Mathilde, 1887); Jean-Martin, 1889; Olivier, 1891; Ernst, 1892; Sophie, 1893; Anna, 1895). Freud iniciou seu trabalho clínico, em consultório próprio, especializando-se em doenças nervosas. 

23 de Outubro de 1896:

·    Morre o pai de Freud

Isso fez  com que  Freud  se  voltasse  para  si  mesmoe empurrou  seu  pensamento  em  outra direção. Mais tarde, ele diria que sua reação diante da morte do pai mostrava que esta era a perda mais significativa, mais decisiva, na vida de um homem. Muitos  afirmam que  esta  ênfase  no masculino e  na figura  do  pai marca  toda  a  abordagem de Freud.
     Freud se sentiu completamente desorientado, ou até mesmo culpado. Estava passando por aquilo  que  mais  tarde  chamaria  de  “retorno  do  recalcado”.  Os  sentimentos  recalcados  que tinha pelo pai, sentimentos como rivalidade, ciúme, ambição e ressentimento, voltaram sob a  forma  de  remorso,  vergonha,  impotência  e  inibição.  A  sua  mente  estava  tomada  por sentimentos  de  um  período  anterior  e  ele  lutava  contra  os  fantasmas  do  passado.  A  sua auto-análise consistia em encarar calmamente esses fantasmas e avaliar como o afetavam.
     A auto-análise se voltou para as memórias da infância.
     Durante este período de crise e de auto-análise, Freud começa a escrever
“A Interpretação dos Sonhos".
     Freud disse: O sonho é a estrada real do psiquismo”. Freud  já  estava  trabalhando  na  análise  dos  sonhos  e  começou  a  perceber,  com  uma freqüência  cada  vez  maior,  que  o  desejo  inconsciente  que  se  manifestava  no  sonho  vinha das memórias da infância. A partir desta análise, chegou à conclusão que o inconsciente do adulto era formado pela criança que se esconde dentro de cada um.
·    O amor pela mãe
·    A rivalidade com o pai
·    O medo de castração
     A  solução  destes  sentimentos  na  entrada  da  vida  adulta  e  seus  efeitos  permanentes  nos sonhos  e  no  inconsciente:  Freud  descobriu  todas  estas  coisas  durante  a  auto-análise intensiva  que  conduziu  de  1896  a  1899.  Neste  processo,  ele  empregou  a técnica  da Associação  Livre,  que  se  tornaria  a  marca  registrada  da  psicanálise.  Freud  abandonou  a hipnose  depois  da  auto-análise  e  os  sonhos  passaram  a  ser  seu  principal  material  de trabalho.
      Sabendo  que  seus  pacientes  sempre  apresentavam  uma forte  resistência,  não  ficou surpreso  ao  perceber  que  sofria  o  mesmo  problema  e às  vezes  seu  progresso  era  lento  e difícil.
      Foi  na  última  fase  desta  marcante  auto-análise  que começou  a  escrever A  Interpretação dos  Sonhos.  É  como  se  um  novo  Freud,  uma  nova  teoria  e  uma  nova  ciência,  a psicanálise, tivessem nascido desta luta por auto-compreensão.

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